terça-feira, 28 de agosto de 2012

Kombi comemora 55 anos no Brasil

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No próximo domingo (02), a Volkswagen comemora 55 anos de produção da Kombi no Brasil. Produzida em São Bernardo do Campo desde 1957, o utilitário foi o primeiro modelo da marca produzido 100% no Brasil. Algo que pode ser questionado como um fato negativo para o mercado nacional, o utilitário comercial é o produto de maior longevidade da indústria mundial, acumulando mais de 1.530.000 unidades produzidas desde seu lançamento até julho de 2012.

Mesmo ultrapassada, o preço competitivo da Kombi vem garantindo a liderança do segmento. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a Kombi registrou 14.905 unidades emplacadas (detendo 39,4% do segmento), o que representa crescimento de mais de 4% em relação ao mesmo período de 2011.

Atualmente, a linha de produção da Kombi trabalha em dois turnos e conta com 386 colaboradores na área da pintura, 201 no setor de armação e outros 205 na montagem final. São fabricadas 90 unidades diárias do utilitário.

 
Dias contados
Apesar da história da Kombi (veja mais detalhes abaixo), o utilitário comercial da Volkswagen passa por uma séria desconfiança sobre o seu futuro. Com a obrigatoriedade do uso dos freios ABS e do airbag duplo em todos os veículos produzidos no Brasil, a partir de 2014, o modelo pode enfim sair de linha.

Tudo por que, muitos especialistas indicam que seria impossível implantar os dois equipamentos de segurança na Kombi como ela é hoje. Para que a situação seja resolvida, seriam necessários diversos investimentos e a criação de praticamente um novo veículo, algo que inviabilizaria e tiraria do utilitário sua proposta de custo-benefício. Vale lembrar que a Kombi atualmente gera apenas lucro para a montadora, já que pelo seu tempo de existência os custos de desenvolvimento e produção já foram “pagos”.

Uma segunda possibilidade que vem sendo cogitada é o lançamento de um novo utilitário, mas moderno e com todos os equipamentos obrigatórios. Ele seria tratado como uma nova geração da Kombi, levando inclusive o nome do modelo “cinquentão”. Algumas revistas especializadas e fontes ligadas a Vokswagen indicam que engenheiros vindos da Alemanha estão trabalhando no projeto e observando qual seria a medida mais viável, visando manter a liderança do segmento.
 
 
Histórico
A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia aproveitar o conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga. A produção do modelo começou na Alemanha em 1950. O diferencial do produto era a carroceria monobloco, a suspensão reforçada e o motor traseiro, refrigerado a ar, de 25 cavalos de potência.

Em 1957 foram fabricadas as primeiras unidades no Brasil. Com um índice de nacionalização de 50%, a Kombi tinha motor de 1.200 cm³ de cilindrada. Menos de quatro anos mais tarde chegou ao mercado o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão pick-up surge em 1967, já com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de 12 volts.
 
 
A trajetória internacional da Kombi brasileira se inicia com a história das exportações da Volkswagen do Brasil nos anos 70. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.

No Brasil, em 1975, a Kombi recebeu a primeira reestilização e passou a ser equipada com o motor 1.6 e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação. O motor diesel 1.6 refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e pick-up com cabine dupla. No ano seguinte surge o modelo a etanol e, em 1983, a Kombi apresenta painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel.
 
 
As versões a diesel e cabine dupla incorporaram novidades e itens de conforto como cintos de segurança de três pontos, bancos dianteiros com encosto de cabeça, temporizador para o limpador do para-brisa, entre outros. Uma versão mais moderna chegou em 1997 com o nome de Kombi Carat, apresentando novas soluções, como teto mais alto, porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro. As mudanças foram realizadas sem abrir mão da versatilidade e da economia exigidas por seus fiéis consumidores.

No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Desde janeiro de 2006 até julho de 2012, o utilitário teve mais de 170 mil unidades produzidas. Com o novo motor, a Kombi desenvolve 78 cv quando abastecido com gasolina e 80 cv com etanol.
 
 

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